Carreira na indústria farmacêutica

Consolidar uma carreira dentro da indústria farmacêutica é algo que requer muito estudo e dedicação. O setor é estimulante e competitivo, onde inovação é a principal palavra de ordem. A indústria farmacêutica é o lugar perfeito para quem busca uma carreira com todos estes elementos.

Para que você tenha uma carreira repleta de conquistas e evolução é necessário sempre continuar aprendendo. Qualificação contínua é um diferencial importante para o farmacêutico ganhar espaço na carreira, sobretudo se deseja atuar na indústria. Cursos de especialização e pós-graduação ligados diretamente ao setor farmacêutico e em outras áreas, como em gestão, controle de qualidade e marketing, além de idiomas, são condições que colocam o profissional um passo à frente dos demais.

Cada vaga na indústria tem suas particularidades e exige profissionais com conhecimentos técnicos específicos ou que tenham um perfil de gestão, por isso é necessário que o candidato saiba para qual área ele quer seguir e adicionar o aprendizado e formação necessários para isso.

O perfil comportamental do profissional também conta muito! Os profissionais que atuam na indústria devem ter agilidade, boa convivência com diversos públicos e comprometimento com a empresa. Na indústria é fundamental entender que todos os setores estão integrados e dependem uns dos outros. Sendo assim, os profissionais devem ter proatividade, energia para o trabalho, empatia, criatividade, agilidade e habilidade no trabalho em equipe.

E na hora da entrevista o candidato deve mostrar desenvoltura, interesse e disposição, além de comprovar os conhecimentos adquiridos. Também é sempre bom estudar sobre a empresa antes da entrevista.

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Ambiente regulatório e os desafios para a indústria farmacêutica

Não faz muito tempo que o Brasil passava por uma realidade de um tímido ambiente regulatório. Pra você ter uma ideia, até a década de 1990, ainda não havia leis de patentes no País.

No século 19, a indústria farmacêutica ensaiou seus primeiros passos no Brasil, e nas primeiras décadas do século 20, o parque industrial brasileiro começou por produzir anilinas vegetais, óleos, ceras e medicamentos naturais. Os anos de 1930 foram o auge da primeira fase da indústria farmacêutica brasileira e ficaram marcados pela produção de medicamentos fitoterápicos e biológicos.

Ao longo dos anos não houve o desenvolvimento de um parque farmoquímico que acompanhasse o crescimento da produção de medicamentos. A partir dos anos 1950, o perfil do setor farmacêutico no Brasil sofreu uma mudança significativa. Com as medidas e planos desenvolvimentistas do presidente Juscelino Kubitschek, abriram-se as portas às empresas de capital estrangeiro, com mais conhecimento e recursos financeiros, que foram responsáveis pela eliminação de boa parte da concorrência dos laboratórios nacionais, que só foram recuperar fôlego décadas depois, com a adoção dos genéricos em 1999.

Em 1997, um evento foi decisivo para a mudança no ambiente regulatório no País: a CPI dos medicamentos. A comissão apontou em seu relatório final que o Brasil tinha um derrame de medicamentos adulterados e falsificados. Esse relatório deixou ainda a recomendação de que a Lei 5.991/73 precisava ser cumprida à risca e que o País precisava de mais farmacêuticos.

A partir de 1999, com o surgimento da Anvisa, as indústrias farmacêuticas tiveram que se adequar a uma nova realidade, repleta de regras a serem seguidas, num ambiente extremamente regulado.

Os desafios atuais são inúmeros, pois uma decisão errada pode levar a empresa à falência. Por isso, para sobreviver neste ambiente é necessário que a organização conte com um sistema de inteligência competitiva que forneça informações analisadas de forma integrada e tempestiva, para que seja possível tomar decisões mais seguras e em tempo real, garantindo, assim, não apenas a sobrevivência da empresa, mas também o seu crescimento.

Fonte: https://ictq.com.br/assuntos-regulatorios/3175-ambiente-regulatorio-e-os-desafios-para-as-industrias

Captativa: 22 anos de história

Neste mês, a Captativa está comemorando seus 22 anos de história. Tudo começou lá nos anos 2000, com o empenho e dedicação da nossa fundadora, Raquel Chueiri, com o propósito de unir e conectar pessoas e projetos, montando um time coeso em busca de objetivos pessoais e profissionais.

Entre os anos 2000 e 2007, com o nome CRO Pharma, nascia nossa vocação em promover relacionamentos saudáveis entre pessoas e empresas e desde então, evoluímos constantemente. A partir do ano de 2007, nos tornamos oficialmente a Captativa, mas não como você conhece atualmente. Em 2015, passamos por um processo de rebranding, com novas cores e uma nova logomarca, transparecendo ainda mais nossa essência. 

Temos muito orgulho da nossa jornada e seguimos no negócio do relacionamento unindo aqueles que “fazem a diferença” com transparência e proximidade. Porque além de amar e acreditar no que fazemos, sabemos que nosso recurso é muito especial. 

Ao longo desses 22 anos, firmamos parcerias incríveis, com muita troca de conhecimento, colaboração e sempre em busca de melhores resultados para todos. Através do comprometimento, atendemos grandes indústrias que confiam em nosso trabalho e somos muito gratas por isso. 

Como a indústria farmacêutica surgiu no Brasil?

De acordo com a história, a indústria farmacêutica surgiu no Brasil mais tardiamente do que nos países europeus. Para diminuir esse atraso, o Estado passou a incentivar e fornecer recursos para alguns dos primeiros laboratórios.

Nessa época, o Estado também contribuiu para a formação dos primeiros cientistas brasileiros. Também surgiram alguns importantes laboratórios de pesquisa, efetuando pesquisas básicas e na área de biologia. Entre esses laboratórios destacamos: Instituto Bacteriológico (1892), Instituto Vacinogênico (1892), Instituto Butantan (1899), Instituto Soroterápico Federal de Manguinhos (1900) e Instituto Biológico (1927).

Até o final de 1930, a produção no país limitava-se à manipulação de substâncias de origem animal e vegetal, também éramos dependentes de insumos vindos de outros países. 

Porém essa realidade mudou entre as décadas de 40 e 50, com a adoção de medidas e planos de desenvolvimento, que abriu as portas do setor às empresas estrangeiras, que consequentemente tinham maior conhecimento e recursos financeiros, isso as fez responsáveis pela eliminação de boa parte da concorrência de laboratórios nacionais. 

Na década de 60, a indústria farmacêutica nacional contava com aproximadamente 600 empresas, entre distribuidoras, importadoras e laboratórios, mas a ela foi se constituindo a partir de uma base frágil, de conhecimento técnico limitado e de dependência externa, não permitindo que as empresas nacionais acompanhassem a evolução dos grandes laboratórios mundiais. Desta forma nossa indústria especializou-se na cópia de medicamentos de marca estrangeira.

No final de 1990, a indústria brasileira passou por mudanças específicas em seu ambiente regulatório, com destaque para a publicação da Lei de Propriedade industrial (nº 9.279 de 14/05/1996) e da Política Nacional de Medicamentos (1998), que propuseram a inserção do medicamento genérico.

Atualmente, a indústria farmacêutica brasileira é composta por divisões de empresas multinacionais, focadas nas etapas de menor valor agregado, por empresas nacionais pouco capitalizadas e com pouca capacidade de inovação, e, por um pequeno grupo de empresas de biotecnologia (TEIXEIRA, 2014). Mas as empresas nacionais também têm demonstrado um crescimento significativo.

Fonte: https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da-biodiversidade/indstria_farmacutica_no_brasil_um_breve_panorama.html#:~:text=At%C3%A9%20o%20final%20dos%20anos,d%C3%A9cadas%20de%2040%20e%2050.

Cientistas brasileiros criam tratamento inédito para a febre amarela

No último mês, cientistas brasileiros e americanos anunciaram os resultados do primeiro teste de tratamento experimental para febre amarela. Usando anticorpos, o resultado foi positivo e os pesquisadores conseguiram tratar a doença em macacos resos e hamsters.

No Brasil, o principal colaborador deste projeto é o imunologista e infectologista Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP. Ele iniciou os estudos sobre febre amarela desde 2016, quando o Brasil voltou a ter surtos mais graves.

Na pesquisa, foram utilizados anticorpos monoclonais  (unidades artificiais produzidas em série) para atacar o vírus, os pesquisadores afirmam que os resultados qualificam o tratamento para teste em humanos. 

O financiamento para estes estudos e testes não veio de agências estatais de fomento, nem da indústria farmacêutica. Foi feito um financiamento coletivo que usa tokens digitais, um recurso que serve como modo de regulação entre investidores e a biotech.

Os pesquisadores levantaram 30 milhões após parceria com a startup Sthorm, fundada pelo ativista Pablo Lobo, atuante nas áreas de direito à privacidade e acesso à informação pública na internet, sua intenção entrando na área de pesquisa médica foi articular um modelo de fomento à ciência que deixasse o novo tratamento livre de patentes nos países em desenvolvimento.

Essa pesquisa passou pela fase pré-clínica e agora os pesquisadores buscam uma forma de viabilizá-la para testes em humanos. Não é um passo tão simples e requer um grande investimento e infraestrutura para que se torne uma realidade. Porém, os pesquisadores estão otimistas de que ela irá avançar. 

Fonte: https://exame.com/ciencia/febre-amarela-cientistas-brasileiros-criam-tratamento-inedito-para-doenca/

Profissionais por trás das pesquisas clínicas

Este post traz um relato real da infectologista Sue Ann Clemens, que coordenou os testes da vacina Oxford contra Covid-19 no Brasil. 

Sue relata que logo no início da pandemia, ela trabalhava em dois projetos de desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 e contato com diversas companhias. Neste cenário, ela recebeu um convite do professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Andrew Pollard, para coordenar a fase 3 do ensaio clínico no Brasil. 

Foi aí que ela correu para organizar parcerias, conseguir financiamento, qualificar centros com pessoal treinado e infraestrutura. Por trás da equipe de médicos, enfermeiros e recepcionistas, havia um exército de outros profissionais. Profissionais estes, que tinham papéis fundamentais ao acompanhar voluntários dos testes, preencher fichas, atualizar cadastros…

Ao todo foram 13 mil voluntários! Os estudos foram iniciados em Junho e em Novembro foi provada a eficácia da vacina. Para que isso fosse possível, Sue relata que foram treinados 22 centros em sete países da América Latina. Ao fim de quatro meses, 21 desses centros já faziam pesquisa sobre Covid-19 para várias companhias. O uso e o impacto foram imediatos em saúde pública e desenvolvimento global.

Sue também foi convidada para publicar um livro e contar um pouco mais sobre sua trajetória e relatos de uma mulher cientista. O Livro História de uma vacina – O relato da cientista que liderou os testes da vacina Oxford/AstraZeneca no Brasil foi lançado em Outubro. Ela relata “Descobri que fez diferença para as pessoas que estavam trabalhando ter sua participação destacada e explicada. A maior parte dos meus centros é liderada por mulheres, era preciso mostrar isso também.”

Leia a história na íntegra acessando: https://revistapesquisa.fapesp.br/por-tras-da-linha-de-frente-de-um-ensaio-clinico-ha-um-exercito-de-outros-profissionais/

Biocurativo feito de impressora 3D para tratamento de queimaduras

A tecnologia da impressão 3D é algo que vem evoluindo a cada ano. Praticamente tudo que você imaginar (desde que seja palpável), pode ser impresso por uma impressora 3D: de óculos de sol até paredes de uma casa. Tal tecnologia foi sendo explorada até chegar a bioimpressão. 

A bioimpressão permitiu a criação de biocurativos feitos de pele artificial, isso está contribuindo para ajudar no tratamento de pessoas com queimaduras. Os biocurativos 3D podem acelerar o processo de recuperação da pele e reduzir o índice de rejeição de pomadas, por exemplo. 

A startup brasileira 3DBS é especialista em bioimpressão. Sua fundadora e diretora Ana Luiza Millás destaca que a startup trabalha no desenvolvimento de uma pele artificial que poderá ser utilizada em hospitais especializados. Mas para que isso se torne uma realidade dentro dos hospitais, são necessários diversos testes e também a elaboração da parte de logística desses materiais. 

As impressoras 3D usadas para imprimir biocurativos contam com uma tecnologia adaptada para tal fim, para que as células se mantenham vivas. Por exemplo, nas impressões 3D tradicionais, o trabalho é feito a 40ºC e na impressora adaptada, são 37ºC, quase a temperatura do corpo. 

Esse avanço tecnológico é promissor e pode ser adaptado para diversas áreas. Atualmente com a bioimpressão já é possível produzir pequenos pedaços de pele, osso, modelos in vitro e miniorgãos.

Psiquiatra brasileira tem estudo sobre autismo publicado pela Nature

Ponto para o Brasil! A brasileira e doutora Mirian Revers Biasão teve seu estudo científico divulgado na revista Scientific Report, que pertence a Nature, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.

A médica, formada pela Universidade Estadual de Maringá e mestre pela Universidade de São Paulo (USP), atua há 11 anos focada em psiquiatria focada na infância e adolescência e teve o artigo "Computer-aided autism diagnosis based on visual attention models using eye tracking" (em português, “Diagnóstico de autismo pelo computador  utilizando o rastreamento ocular baseado em modelos de atenção visual”) publicado. Nele, Mirian analisa o diagnóstico não invasivo com suporte computacional em diferentes níveis funcionais e de idades, podendo ser uma ferramenta para facilitar o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Um dos principais transtornos do TEA é a falta de contato visual, que já pode ser constatada a partir dos 6 meses de idade, independente do ambiente cultural onde a pessoa está inserida. Em seu artigo, ela propõe um método computacional que integra técnicas de IA e outros conceitos para rastreamento ocular em busca de diagnóstico.

Não existem exames que detectam o autismo, o diagnóstico é clínico e por isso é fundamental que haja profissionais capacitados, além disso a tecnologia auxilia muito para esses diagnósticos. Através deste estudo publicado, a visibilidade sobre essas questões certamente irá aumentar. 

“O reconhecimento da revista Nature é importante para projetar os avanços que a tecnologia de rastreamento ocular pode trazer aos pacientes", afirma a psiquiatra.

Trechos retirados de: https://exame.com/ciencia/psiquiatra-brasileira-tem-estudo-sobre-autismo-publicado-pela-nature/

Como uma floresta submersa de 60 mil anos pode ajudar na fabricação de remédios

Localizada nas margens de um rio próximo ao Golfo do México, a floresta submersa de ciprestes tem 60 mil anos de idade. Com a sua descoberta, os cientistas acreditam que ela esconde segredos que podem ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos e salvar vidas. 

Por milênios essa floresta submersa permaneceu intocada, e quando os cientistas chegaram ao local, viram que apesar dos materiais encontrados terem 60 mil anos, eles estavam extremamente bem preservados, o fato disso ter ocorrido foi porque eles ficaram enterrados sob camadas de sedimentos que impediram o oxigênio de realizar sua decomposição natural.

Os cientistas então, levaram o pedaço de um tronco para ser estudado no laboratório e encontraram diversos tipos de organismos, mais precisamente 300 espécies. Porém, os cientistas focaram em apenas 1 deles: o Teredo (ou Cupim-do-mar), um tipo de molusco marinho que converte madeira em tecido animal. 

Os Teredos encontrados nesta madeira produziram cerca de 100 tipos de bactérias, onde 12 entraram em processo de análise da sequência de DNA para avaliação do potencial na utilização de novos medicamentos. 

Anteriormente, o resultado das pesquisas e análises sobre as bactérias nos teredos, culminou na produção de um antibiótico utilizado para tratar infecções parasitárias. 

Os cientistas envolvidos nesta expedição ficaram muito esperançosos e otimistas com o material recolhido e esperam novas descobertas que sejam relevantes para o futuro dos medicamentos. 

Biotech: conceitos e o que esperar do futuro

O crescimento desta área promoveu grandes transformações nas indústrias como a farmacêutica, alimentícia e de insumos agrícolas. E ultimamente, com o desenvolvimento de vacinas contra o Coronavírus, a aplicação da  biotech ganhou destaque no campo da saúde. 

Biotech é a abreviação da palavra biotecnologia. Segundo citação da ONU na Convenção sobre Diversidade Biológica, biotecnologia pode ser definida como “Qualquer aplicação tecnológica que utiliza sistemas biológicos, organismos vivos ou seres derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica.”

Profissionais que trabalham nessa área são direcionados para o melhoramento genético, unindo ciência à inovação tecnológica para gerar avanços benéficos para a sociedade. Medicamentos e vacinas são exemplos criados através da biotecnologia. 

A biotecnologia funciona através de um processo que utiliza organismos como fungos, DNA, algas… para modificar um produto ou ecossistema.

Sua existência é de grande importância, pois possibilitou e possibilita profundas mudanças na forma como vive a sociedade. 

Uma das tendências em biotecnologia para o futuro é o aperfeiçoamento da legislação, para conciliar avanços e questões éticas. 

Outro avanço esperado é que cada vez mais se utilize das inovações tecnológicas para aprimorar as técnicas da biotech.

Big data e mineração de dados também devem acrescentar muito, nesse contexto será possível agregar um alto nível de especificidade em tratamentos médicos, veterinários e até medidas preventivas.