Você tem conhecimento sobre os processos necessários para que um novo medicamento esteja disponível no mercado? Muitas vezes não imaginamos os trâmites e todas as etapas envolvidas para que isso seja concretizado. Continue a leitura e saiba mais.
Os primeiros passos para que um novo medicamento surja são os estudos pré clínicos. Nessa fase, a descoberta de um princípio ativo (responsável pela ação farmacológica) inicia-se com a identificação de seu alvo biológico (a biomolécula com a qual o composto irá reagir para tratar determinada doença).
A partir daí, os pesquisadores buscam e produzem as moléculas capazes de atingir esse alvo biológico, realizando diversos testes e avaliações, visando a sua efetividade e segurança. O relatório de pesquisa dos testes é apresentado aos órgãos regulatórios e comitês de ética em pesquisa, que aprovam se o novo medicamento pode ser testado em pessoas.
Com essa autorização, os testes em humanos começam e são divididos em várias etapas, podendo durar de 6 a 7 anos para que os resultados sejam 100% satisfatórios. Na última etapa desses testes, todo o conjunto de dados é submetido à avaliação da agência de saúde reguladora. A Anvisa demora em média 3 anos para avaliar e liberar um novo medicamento no mercado aqui no Brasil.
Liberado o medicamento, os pesquisadores continuam avaliando seu desempenho para identificação de possíveis efeitos colaterais a longo prazo.
Estima-se que todos esse processo leva de 10 a 15 anos para ser concluído, apresentando uma taxa de sucesso muitas vezes reduzida. Para cada medicamento lançado comercialmente podem ser testados até 10 mil compostos nas fases iniciais.