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Simone Figueiredo é psicóloga, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos pela FAAP e formada em Personal & Professional Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching. Possui 20 anos de experiência em RH, sendo 15 deles em indústria farmacêutica, com processos de atração, retenção e desenvolvimento de pessoas. Em breve entrevista ela nos conta sobre as habilidades interpessoais – cada vez mais valorizadas – que os candidatos a vagas na indústria farmacêutica devem desenvolver para além das competências técnicas. Além disso, ela nos aponta tendências tecnológicas inovadoras para seleção de profissionais e áreas em destaque na indústria.

– Quais as novas habilidades o candidato a uma vaga na indústria farmacêutica deve buscar desenvolver?

Além das competências técnicas específicas de cada cargo/função é muito importante que os candidatos desenvolvam competências interpessoais, ou seja, habilidades comportamentais, sociais e emocionais – as chamadas soft skills.

Dentre estas habilidades destaco:

– Como a revolução digital e a tecnologia pode ajudar o RH a encontrar os melhores talentos na indústria farma?

O processo seletivo é um processo de qualificação e a tecnologia ajuda a fornecer as informações necessárias para a tomada de decisão, tanto da empresa quanto do candidato (no processo seletivo o candidato também avalia a empresa).

E são muitas as soluções tecnológicas que temos disponíveis hoje no mercado para serem utilizadas no decorrer do processo de recrutamento e seleção. Estas soluções trazem como proposta o uso de inteligência artificial (IA) e people analytics (PA) como forma de tornar o processo mais ágil, assertivo e engajante.

Eis alguns ganhos que a IA e o PA podem trazer ao processo seletivo:

Alguns exemplos de como a tecnologia pode contribuir com o profissional de R&S na busca pelos melhores talentos:

Todas estas soluções utilizam, em maior ou menor grau, a IA e o PA como forma de gerar maior eficiência para o processo seletivo e melhorar a experiência do candidato, contribuindo para uma avaliação positiva da marca empregadora da organização.

– Há alguma área ou cargo em ascensão no setor?

Enxergo muitas áreas promissoras dentro do segmento farmacêutico:

Em época em que muito se fala em combate a corrupção, transparência e ações anti-fraude, o profissional de Compliance entra em cena para orientar, incentivar e fiscalizar o cumprimento das normas (na linha do “prevenir é melhor do que remediar”)

Em mercado cada vez mais competitivo, há a necessidade de um profissional para “abrir portas” e minimizar barreiras tanto no mercado público quanto privado

Empresas que trabalham (ou que pretendem trabalhar) com processos biológicos precisam deste profissional

Área de indicadores muito conhecida em outros segmentos e que está se consolidando nas farmas com o desenvolvimento das áreas de inteligência de mercado, CRM  (customer relationship marketing) e DBM (Database Marketing). Estas áreas analisam uma grande quantidade de dados e propõe soluções para as empresas

Neste segmento altamente regulado pelo governo esta função foi e continua sendo estratégica, com ações cada vez mais estruturadas em transparência e ética.

Dentre todos os segmentos, o farmacêutico é um dos que mais investe em inovação (seja ela incremental ou disruptiva)

Realiza uma abordagem mais técnica (e não comercial) junto aos formadores de opinião