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Por Mariama Tomaz e Giovanna Zaccaria

Setembro é o mês conhecido como Setembro Amarelo, uma vez que é indicado a prevenção do suicídio. Essa é uma campanha iniciada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e mobiliza ações e materiais de promoção a vida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a morte por suicídio é a segunda maior causa de morte no mundo entre jovens de 15 a 29 anos. Estudos indicam que acontece um suicídio a cada 40 segundos no mundo, e no Brasil ocorre um suicídio a cada 45 minutos, chegando numa média de 11 mil suicídios por ano. Trazendo um panorama da cidade que vivemos: São Paulo é a região metropolitana com maior índice de doenças mentais do mundo, levando em conta 24 cidades do mundo (relatório São Paulo Megacity Mental Health Surve, 2012). Esses números são alarmante e nos fazem trazer uma reflexão sobre o assunto de maneira a compartilhar informações e desmistificar os tabus.

Quadros depressivos e ansiedade são as principais causas de suicídio e, assim como outros transtornos mentais como distúrbios alimentares, uso de drogas e álcool, demência e esquizofrenia, podem afetar qualquer pessoa em qualquer época da sua vida. Na realidade, os transtornos mentais podem inclusive causar mais sofrimento e incapacidade que qualquer outro tipo de problema de saúde.

Nem todas as pessoas emitem sinais claros sobre doenças mentais ou risco de suicídio. No entanto, alguns sintomas merecem atenção: sentir medo ou receio, em excesso, de situações que ainda não aconteceram, alterações do sono, tensão muscular, medo de falar em público, medo de lugares fechados ou com grandes aglomerações, inquietações constantes, pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos. Algumas pessoas apresentam alteração no apetite, perda ou ganho de peso repentinos. Quando convivemos com pessoas próximas é interessante observar se a pessoa está muito reservada ou calada, em grande isolamento e sem interesse por atividades que lhe dê prazer. Ou algumas pessoas que tomam medidas burocráticas repentinas e objetivas, como comunicar senhas de banco, o local onde guarda os documentos pessoais. Isso tudo pensando em facilitar, após a morte, que algum familiar tenha acesso às suas questões burocráticas.

Porém, a resistência em se abordar doenças mentais ainda é muito grande, já que há séculos o estigma social e o preconceito são barreiras que as pessoas continuam enfrentando para procurarem ajuda. O conhecimento é uma das únicas ferramentas que temos para desmistificar os estereótipos e tratar essas patologias como doenças tratáveis e passíveis de cura. 

Não podemos dizer se alguém tem um problema de saúde mental apenas olhando para a pessoa, porém, é muito provável que estejamos convivendo com alguém que tenha um problema de saúde mental e é por isso que é tão importante falar sobre isso. As pessoas cometem um equívoco quando acham que a pessoa teria que mostrar sinais físicos do problema. Na verdade, a pessoa pode ter depressão, por exemplo, mas pode colocar uma fachada e “parecer” feliz ao redor das pessoas. Mesmo que dentro não seja.

Diante disto, podemos ajudar e tomar algumas ações quando achamos que alguém possa estar com algum transtorno mental.  Conversar com a pessoa, deixar que a pessoa diga o que há de errado em seu próprio tempo, exercitar uma escuta ativa e presente para a pessoa sentir que tem alguém disponível caso precise conversar ,expressar empatia quando puder deixando a pessoa saber que entendeu o que ela está passando, não forçar a pessoa a se abrir se ela não estiver pronta, perguntar como pode ajudar e respeitar se a pessoa não desejar falar sobre isso, não fazer nenhum julgamento sobre o que está acontecendo, envolver a pessoa em atividades e incentivar a buscar apoio.

Se você já teve problemas de saúde mental no passado ou tem um membro da família que tenha, considere falar sobre isso. A maioria das pessoas não quer dizer ‘sofro de depressão’ porque há uma vergonha sobre questões psicológicas, mas quanto mais falamos abertamente sobre isso, mais criamos consciência e retiramos o estigma, abrindo o caminho para outros obterem ajuda.

Segue alguns contatos de lugares onde tem atendimento psicológico com preço reduzido ou gratuito:

Clínica Aberta de Psicanálise na Casa do Povo
Rua Três Rios, 252
Atendimentos aos sábados às 11h, 12h, 13h e 14h, por ordem de chegada

Não existe triagem, cadastro ou hora marcada. Uma folha é afixada no saguão, basta colocar o nome em um dos horários disponíveis e aguardar a chamada.

Instituto de Psicologia da USP
Endereço: Av. Prof Mello Moraes, 1721 -Bloco D – Cidade Universitária
(11) 3091-8248 / 8223
clinica@usp.br

As vagas para triagens são abertas de acordo com a disponibilidade da Clínica, que varia nos diferentes períodos do ano.

Clínica Social Casa 1
Rua Condessa de São Joaquim, 277 – Bela Vista

O atendimento é voltado para a população LGTB em dias predeterminados gratuitamente ou a baixo custo.  Os interessados devem preencher este formulário. Mais informações: centrocasaum@gmail.com

UNIB – Universidade Ibirapuera
Avenida Interlagos, 1329 – Chácara Flora
(11) 5694-7961
De segunda a sexta-feira, das 13h às 21h, e aos sábados, das 8h às 13h

UNINOVE
Campus Vergueiro: Rua Vergueiro, 235, Liberdade
(11) 2633-9000
De Segunda, das 08:00 às 17:30; e sábado, das 08:00 às 11:30, com agendamento prévio.

Para se inscrever é necessário comparecer pessoalmente ao campus Vergueiro.  As triagens acontecem às segundas (das 9h às 18h) e sábados (das 8h às 12h).

Pontifícia Universidade Católica – PUC
Rua Almirante Pereira Guimarães, 150 – Pacaembu
Telefone: (11) 3862-6070 (agendar primeiro – triagem)
De segunda a sexta-feira, das 8h às 20h

Universidade Paulista – UNIP
Rua Apeninos, 267 – Vergueiro
(11) 3341-4250 vale este
Tel. (triagem): (11) 3347-1000, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

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