Os três pacientes que conseguiram a cura têm uma coisa em comum: sofriam de câncer no sangue e por isso foram tratados com um transplante de células-tronco.
O estudo publicado em fevereiro, pela revista Nature, divulgou que o paciente conseguiu ser curado após o transplante de células-tronco. Antes desse caso, duas outras pessoas já haviam sido curadas: uma em Berlim, no ano de 2009 e a outra em Londres, no ano de 2019.
De acordo com o consórcio internacional IciStem, o novo paciente havia recebido um transplante de células-tronco como parte do tratamento para leucemia. Após essa cirurgia, ele conseguiu interromper o tratamento que fazia contra o HIV.
Nos três casos, o doador apresentava uma rara mutação no gene CCR5, uma alteração genética que impede o HIV de entrar nas células. O virologista Asier Sáez-Cirion, um dos autores do estudo, disse em comunicado "Trata-se de uma situação excepcional quando todos esses fatores coincidem para que este transplante seja um duplo sucesso, tanto para a cura da leucemia quanto do HIV"
Embora esses casos dêem aos cientistas a esperança de encontrar uma cura para a Aids, o transplante de células-tronco é um tratamento arriscado e que não se adapta à situação da maioria das pessoas com HIV.
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