

Empresa estadunidense Eli Lilly opera sistemas da Nvidia para descobrir medicamentos, conduzir pesquisas e fabricar produtos mais rapidamente. Um conjunto de 1.016 GPUs Nvidia Blackwell Ultra deu vida à mais poderosa fábrica de inteligência artificial (IA) do mundo, de propriedade da farmacêutica estadunidense Eli Lilly. A promessa é que o Nvidia DGX SuperPOD reduza prazos de descoberta de medicamentos e permita avanços acelerados em genômica, medicina personalizada e design molecular em escala industrial.
Por Bruna Barone, editado por Rodrigo Mozelli
O sistema pode resolver mais de nove quintilhões de problemas matemáticos por segundo. Sua arquitetura inclui computação acelerada, rede Ethernet Nvidia Spectrum-X e software de IA otimizado, o que, segundo a Nvidia, proporciona uma plataforma segura e escalável para setores de saúde e ciências biológicas, altamente regulamentados.
“Se você se concentrar apenas na ciência, terá apenas um experimento, um artigo ou um tratamento — mas se unir ciência e tecnologia, como a computação acelerada que estamos obtendo por meio desta fábrica de IA, poderá atingir uma escala massiva para levar o tratamento a milhões de pessoas”, disse Diogo Rau, vice-presidente executivo e diretor de informação e digital da Eli Lilly.
Criando modelos a partir da IA
Usando a plataforma Nvidia BioNeMo, a Eli Lilly também poderá treinar modelos de IA que combinam os aprendizados de milhões de experimentos anteriores com pesquisas públicas para gerar e testar novos anticorpos, nanocorpos e novas moléculas com maior precisão e velocidade do que nunca. Novas terapias genéticas para condições degenerativas também podem ser projetadas a partir da tecnologia.
A fábrica de IA ainda possibilita a criação de grandes modelos de linguagem que aceleram os ensaios clínicos, auxiliando na redação médica e em fluxos de trabalho. Já as pesquisas baseadas em imagens em medicina de precisão podem ser reduzidas de meses para dias com o aprendizado profundo em conjuntos massivos de dados.
Chão de fábrica
O novo sistema aumenta também a capacidade de produção física de medicamentos a partir de gêmeos digitais das linhas de fabricação. Eles modelam e otimizam cadeias de suprimentos inteiras antes de fazer mudanças físicas no mundo real, o que, segundo a Nvidia, aumenta a segurança e a qualidade dos produtos.
E os robôs não ficam de fora do plano. Eles são usados para inspeção de qualidade e transporte de mercadorias, incluindo medicamentos e componentes de tratamento, como injetores. Além disso, agentes de IA podem raciocinar, planejar e agir em laboratórios digitais e físicos, ajudando a gerar novas moléculas, projetando tratamentos in silico e realizando testes in vitro.
“Agentes de IA podem trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, e explorar ideias que os humanos talvez não tenham tempo ou capacidade de experimentar”, disse Rau. “No fim das contas, tudo se resume ao aprendizado humano — não ao aprendizado de máquina. As máquinas estão ajudando a tornar os humanos mais inteligentes, estimulando novas ideias para novas moléculas.”
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