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O Que a Geração Z Realmente Pensa Sobre o Futuro do Trabalho

O Que a Geração Z Realmente Pensa Sobre o Futuro do Trabalho
Data:
03/06/2025

A Geração Z está Redesenhando o Futuro do Trabalho - e as Empresas Precisam Acompanhar

A nova pesquisa da Deloitte sobre Geração Z e Millennials revela um retrato multifacetado de uma geração que, longe de ser apática ou desinteressada, está profundamente engajada em repensar o que significa trabalhar em 2025. O que vemos é um grupo pragmático, crítico e, acima de tudo, consciente de que o mundo do trabalho está em transformação – e que eles não querem apenas se adaptar, mas moldá-lo. A inteligência artificial, por exemplo, não é vista com deslumbramento, mas com cautela. Mais de 60% dos jovens temem que a IA elimine empregos, e muitos já buscam funções “à prova de automação”. Isso não significa rejeição à tecnologia, mas uma tentativa de coexistência estratégica. Eles sabem que as máquinas farão parte do futuro – e por isso investem em habilidades que as máquinas não conseguem replicar: empatia, adaptabilidade, comunicação.

Essas soft skills, antes tratadas como secundárias, agora são vistas como essenciais. São elas que constroem pontes entre humanos e algoritmos, que permitem liderar com autenticidade e colaborar em ambientes diversos. E os jovens sabem disso. Mais de 80% acreditam que essas competências são mais importantes para o crescimento profissional do que as habilidades técnicas.

Mas há um paradoxo: embora valorizem o desenvolvimento humano, muitos não estão encontrando esse apoio nas empresas. A lacuna de mentoria é gritante. Jovens querem orientação, não apenas supervisão. Querem líderes que inspirem, não apenas cobrem resultados. E quando não encontram isso, buscam outros caminhos – inclusive fora da empresa.

Outro dado que desafia velhos paradigmas: apenas 6% da Geração Z almeja cargos de liderança sênior. Isso não é falta de ambição, é uma redefinição do que é sucesso. Para essa geração, subir na hierarquia não vale o preço do esgotamento. Eles querem equilíbrio, bem-estar e propósito. E propósito, aliás, é quase uma exigência: mais de 90% consideram esse fator essencial para sua satisfação profissional.

Mas propósito não paga boletos – e os jovens sabem disso. A segurança financeira aparece como uma prioridade clara. Quase metade dos entrevistados está preocupada com sua situação econômica, e muitos recorrem a trabalhos paralelos para complementar a renda. Salário e benefícios voltaram ao centro da equação, mas com uma nuance: eles também querem estabilidade, transparência e um compromisso real com o bem-estar.

Nesse contexto, o ensino superior também entra na berlinda. Um número crescente de jovens questiona se a faculdade ainda vale o investimento, especialmente diante de um mercado que muda mais rápido do que os currículos acadêmicos. Cursos técnicos, programas de aprendizagem e formações práticas ganham espaço – e as empresas têm aqui uma oportunidade de ouro para se aproximar da educação de forma mais estratégica.

Por fim, o papel da liderança precisa ser urgentemente repensado. Em um mundo onde a IA avança, o que diferencia uma organização é sua capacidade de cultivar talentos humanos. Líderes precisam ser mais do que gestores de tarefas – precisam ser desenvolvedores de pessoas, guardiões da cultura e facilitadores de propósito.

A Geração Z está dando o tom. Cabe às empresas escutarem – e se transformarem. Porque o futuro do trabalho não será apenas tecnológico. Será, acima de tudo, humano.

Post inspirado no artigo O Que a Geração Z Realmente Pensa sobre o Futuro do Trabalho em:
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