Afinal, o que é salário emocional? O tema ganhou relevância no pós-pandemia de covid-19 e marca as diferenças comportamentais da geração Z no mercado de trabalho. As grandes transformações na rotina profissional, o desencadeamento de casos de burnout e a preocupação com a saúde durante o período de distanciamento social levaram os colaboradores a reavaliar sua relação com o trabalho.
De acordo com o relatório “Global Workplace 2022” da Gallup, apenas 21% dos funcionários no mundo todo se sentem engajados no ambiente de trabalho.
O salário emocional, porém, não é uma substituição da remuneração nem deve ser visto como um “benefício trabalhista” ou privilégio. É um conjunto de fatores imateriais que agregam no engajamento e na motivação do colaborador, podendo variar conforme sua prioridade. Depois do salário, o ambiente que acolhe e apoia, com uma gestão de pessoas certeira, é o fator decisivo na organização, de acordo com a opinião de 70% dos líderes e 66% de liderados entrevistados em um recente estudo da The School of Life em parceria com a Robert Half.
A especialista em recursos humanos, Marisa Elizundia, criou uma ferramenta chamada Barômetro do Salário Emocional, onde dez fatores-chave são destacados nela, após estudo realizado em mais de 20 países com profissionais de diversos segmentos:
- Autonomia na administração dos projetos;
- Sentimento de pertencimento ao time de trabalho com valorização e reconhecimento;
- Abertura para expressão de criatividade em novas ideias;
- Perspectiva de carreira no médio e longo prazo;
- Interatividade positiva no ambiente de trabalho;
- Satisfação no domínio da função;
- Ambiente e pessoas que te inspiram;
- Oportunidades de crescimento pessoal;
- Oportunidades de crescimento profissional;
- Ter um propósito do seu trabalho para o todo.
É fundamental que os gestores tenham em mente que experiências positivas no ambiente de trabalho geram colaboradores mais engajados, produtivos e criativos.
-Fonte: Exame.